Sim,
mundos paralelos reais, concretos, que existem aqui mesmo, neste
planeta em que vivemos.
Por
exemplo, o mundo dos marginais, literalmente paralelo ao mundo da
sociedade tradicional onde o que para nós é proibido, ilegal,
criminoso, para quem nele vive é normal.
Assim
como o mundo paralelo dos marginais, temos outros mundos paralelos,
também, como o mundo paralelo dos políticos.
Longe
de querer comparar o mundo paralelo dos marginais com o mundo
paralelo dos políticos, aliás, abre-se um parêntese para salientar
que qualquer semelhança entre estes dois mundos paralelos é mera
coincidência.
Somente
nestes dois mundos paralelos é que são praticadas todas as
modalidades de crimes que conhecemos, porém para as pessoas do mundo
paralelo dos políticos nunca há punição.
Importantíssimo
destacar que embora pessoas, no exercício pleno da política, raras
as excessões, não pertecem ao mundo paralelo dos políticos, mas
sim ao da sociedade tradicional, são os políticos honestos, éticos
e trabalhadores.
No
mundo paralelo dos políticos, até o significado de muitas palavras
e expressões são completamente contrários aos do mundo paralelo da
sociedade tradicional.
Por
exemplo, improbidade, que para o mundo paralelo da sociedade
tradicional significa ilegalidade, contrária aos bons costumes, no
mundo paralelo dos políticos significa algo muito natural.
Não
só as palavras e expressões mas muitas outras coisas têm
significados opostos, como desvio de verbas, formação de
quadrilhas, superfaturamento, caixa dois, calote, fraudes e muito
mais.
Dessa
forma fica fácil concluir porque a obra em frente às escolas, no
nosso município, é incompreensível e sem significado para as
pessoas do mundo paralelo da sociedade tradicional e tão importante
para o mundo paralelo dos políticos, principalmente se o valor
envolvido é alto.
Mais
importante é que todos estes mundos paralelos interagem entre si.
Assim,
podemos, finalmente compreender o que antes não entendíamos.
Porque
os políticos combatem, rigorosamente, quem se manifesta contra
injustiças e abuso de poder, contra uma péssima administração de
um município ou de um estado ou de um pais, pelos políticos do
executivo e do legislativo.
É o
que está acontecendo na nossa cidade:
- vereadora que utiliza carros da saúde para passear com um bando de irresponsáveis
- vice-prefeito que recebe indevidamente durante anos, com a colaboração da esposa e autorização do prefeito
- vereador que mente para se ressarcir de gasto astronômico em almoço com amigos
- obras inúteis por toda cidade, mal executadas ou paralisadas
- desvio do destino de verba pública, da construção de um posto de saúde para reforma de outro
- obra milionária do Parque da Nascente do Tietê totalmente descaracterizada do seu projeto original, contrariando, inclusive a lei que a regulamentou
- pessoas carregando para suas casas materiais que seriam utilizados nas obras paralizadas
- veículos e equipamentos do patrimônio público, abandonados em propriedades rurais ou oficinas em outro município enquanto o lixo se acumula perigosamente na área rural
- contrato emergencial para varrição de ruas e conservação de jardins, desprezando formalidades estabelecidas pela lei de licitação
- abandono absoluto das escolas rurais
- descaso com a educação onde professora de escola rural, além de ter que lecionar ao mesmo tempo para crianças do 1o. Ao 4o. Ano fica obrigada ainda pela limpezas de sanitários e preparação da merenda
- calotes diversos (água, luz, telefone, posto de combustível, funcionários públicos, até de repasse de pensões alimentícias)
- em contra partida dinheiro gasto excessivamente com Carnaval, festa de produto que nunca foi tradicional da região
- licitação e compra de apostilas para curso de inglês, quando já se sabia não fazer parte da grade curricular
- desobediência à lei da transparência pública
- ausência total de fiscalização por parte do legislativo, negligenciando, até os atos do executivo
- correção dos subsídios de vereadores no curso da legislatura – a explicação dada não convenceu
- desarquivamento de projeto do executivo para aumento dos profissionais da educação quando, conforme parecer jurídico da câmara, já se caracterizava inconstitucional – desarquivá-lo para que então?
Se nos
manifestamos contra, somos taxados de desordeiros, agredidos,
expulsos de sessões de câmara, acionados judicialmente e tudo mais.
Também
fica fácil compreender porque os piores políticos têm o
atrevimento, a ousadia e sobretudo o cinismo de candidatarem-se
novamente.
Eles
sabem, com certeza, que existe um outro mundo paralelo, o das pessoas
que são enganadas facilmente.
Por:
SUELY APARECIDA BARRETTA ROLAND