Mais uma vez, COMO SEMPRE, desde
tempos remotos, a situação de penúria da nossa Santa Casa de Miséria e Discórdia
vem à baila e nem podemos dizer que a bola da vez é determinado problema, pois, da mesma forma, COMO SEMPRE, o
assunto é o estado de coma financeiro profundo e irremediável em que ela se encontra, COMO SEMPRE.
COMO SEMPRE, as únicas funções
sociais da instituição continuam sendo a de cabidão de empregos, bem como a de
saco sem fundo, literalmente, sendo que não há dinheiro que chegue para sustentar uma estrutura tão retrógrada
e obsoleta, ineficiente, dispendiosa e onerosa, mais a serviço da politicagem
do que de prestação de assistência médica, efetivamente - quantos políticos dela se beneficiaram
para realizações das aspirações de obterem, de alguma forma, uma vaguinha, ou
no executivo ou no legislativo – e que, consequentemente, a deixa sempre sem
fundos, COMO SEMPRE.
A questão é que a população não
perca seu tempo rezando para que a Santa Casa se recupere e sobretudo, deixe de
contribuir, de alguma forma, com qualquer ajuda que seja, em dinheiro, com
doações de materiais ou bens.
Aliás, pedir esmolas para ajudar a
Santa casa chega a ser indecente.
Neste sentido, estaríamos, sim, tão
somente alimentando o dragão devorador de recursos abundantes, porém, sempre muito mal administrados, COMO
SEMPRE.
Importante lembrarmos que durante a
gestão municipal anterior, 2009/2012, da maneira mais obscura possível, a Santa Casa de Miséria e
Discórdia tomou junto a dois
bancos privados, empréstimos milionários, oferecendo como garantia, inclusive,
repasses do SUS e o resultado foi que todo o dinheiro desapareceu como uma gota
d’agua num oceano, restando para a prefeitura que fez a bobagem incompreensível
de intervir na entidade, o pagamento de muitas parcelas vincendas, sem contar
com a volta absurda de funcionários
para a administração que, em qualquer empresa de responsabilidade,
teriam sido demitidos por justa causa e nunca beneficiados com reintegração.
Extremamente necessário é que a
população, que tem direito à saúde garantido pela Constituição Federal, saia às
ruas exigindo das autoridades da administração municipal e políticos medidas
efetivas e inteligentes para sanar a situação precária em que se encontra o
sistema de saúde.
Há quem diga que falar é fácil, mas
o problema é muito mais complexo do que se imagina, COMO SEMPRE.
Desculpa deslavada e que já não
deve ser aceita de forma alguma, pois, ao contrário, a solução sim, é mais
simples do que se imagina, bastando para tanto, tão somente vontade e,
sobretudo, coragem.
Nossa atual administração municipal
tem o recurso financeiro que é o que ela repassa mensalmente para sustentar o
elefante branco, tem estrutura médica, com profissionais habilitados e
concursados, tem estrutura física e equipamentos e como toda a população sabe
muito bem, diversos espaços alugados pela cidade, aliás muitos espaços alugados
pela cidade, onde poderiam estar funcionando centros especializados, ambulatórios
e muito mais, ao invés de fundo social, centro de zoonoses, casa do agricultor,
que não prestam nenhum serviço de relevância para o município e o mais
importante do que tudo, a prefeitura tem obrigação legal de prestar os mesmos
serviços básicos que hoje a Santa Casa vem prestando aos trancos e barrancos, ora com a internação interditada, ora com impedimento de atender gestantes em trabalho de parto, ora
com lavanderia e refeitório impossibilitados de funcionarem e frequente falta
de médicos.
Nossa atual administração municipal
tem mão de obra mais do que suficiente para trabalhar nesta nova estrutura de
sistema de saúde, esta com o quadro de funcionários transbordando, tanto que
sobra gente até para transportar pessoas para passeios turísticos e clientes de
advogados para exames periciais em processos particulares e até para confeccionar enfeites de natal, COMO SEMPRE.
AH! – abundância de funcionários
públicos, sobre este assunto merece abrirmos um parênteses;
Vamos recordar que um concurso
público realizado em 2010 para suprimento de algumas vagas aprovadas, até hoje
vem rendendo empregos para quem dele participou, pessoas classificadas além do
trigésimo e até do octogésimo lugar foram convocadas para assumir algum cargo.
Curiosamente, para uma das funções
do fatídico concurso em que o número de vagas era apenas 1 (Uma), a segunda colocada foi
admitida para o cargo antes da primeira classificada.
E como se não bastasse o citado
concurso que vem inflando o quadro de funcionários até hoje, ainda temos uma
quantidade enorme de navegantes que chegam para aportarem nos diversos
setores da prefeitura por meio de
um dos TRES RIOS, alguns com concurso meia boca e outros até sem concurso
mesmo, afinal parece que concurso aqui no nosso sítio é só mesmo pura formalidade,
só para inglês ver, COMO SEMPRE.
Vamos deixar essa pouca vergonha
secundária de lado e retornar à pouca vergonha principal;
Com toda a estrutura que a
prefeitura possui, porém, notadamente muito mal aproveitada, poderia deixar de
depender da Santa Casa de Miséria e Discórdia, aproveitando dela, importante
salientar, tão somente os bons profissionais, aqueles dedicados e cumpridores
de suas responsabilidades – todos nós sabemos que o corpo de enfermagem da
entidade, por exemplo, é de uma qualidade excepcional e inquestionável e que
acabam saindo prejudicados em detrimento de outros que nada produzem, COMO
SEMPRE.
Outro fator sumamente importante
nesta empreitada, logicamente, é a coragem referida anteriormente, pois, teria
o senhor administrador do município, fundamentalmente, que se desconectar dos
políticos de carreira, o que poderia acarretar perda de apoio no legislativo,
mas, que seria compensada com o suporte, com a ajuda, com a proteção mais
importante que existe, justamente a do povo.
Concluindo, esta tarefa de sanar o
problema de saúde pública depende, numa primeira etapa, exclusivamente da
população a qual se não se manifestar de forma rigorosa pelos seus direitos,
cobrando com vigor medidas eficazes das autoridades públicas, permanecerá sofrendo
as consequências eternamente.
Portanto, saia às ruas para
manifestar-se, poste-se diante do prédio da prefeitura com cartazes e aparelhos
sonoros, bata tambores, pratos, exija seus direitos, tire o prefeito de sua
zona de conforto, cobre satisfações, foi para isso que o elegemos como dirigente
da empresa que é de todos nós, cidadãos, o MUNICIPIO.
Não é favor, é dever da prefeitura
municipal prestar serviços de saúde de qualidade para a população.
Não devemos cobrar dos vereadores
solução para o problema da saúde pública, não é da alçada dos mesmos esta
atribuição, a eles cabe exclusivamente fiscalizar as ações e as contas do
executivo, para que não se permita gastos ilegais, excessivos, desnecessários o
que se assim o fizessem já estariam contribuindo substancialmente para uma
administração de excelência.