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3 de dez. de 2014

CORRUPTOS E TRAIDORES




Este texto foi extraído foi publicado por: LUIZ FLÁVIO GOMES no blog do JusBrasil e todo brasileiro devia lê-lo para que os políticos que há muito não nos representam tomem consciência do que estão fazendo com nosso país.


""Diante de escândalos tsunâmicos como o da Petrobra$, que desnudam em toda sua inteireza o lado canalha de alguns membros da classe dominante (a canalhice, de qualquer modo, não é apanágio exclusivo dessa classe), uma das coisas que mais impressionam é o discurso legitimador da canalhice (sobretudo quando ela é engendrada por uma poderosíssima organização criminosa), verbalizado de forma plácida e diáfana, para não dizer macunaímica (herói malandro), no sentido de que a corrupção (a sonegação, o malfeito, a malandragem) se trata de algo “natural”, “comum”, algo enraizado na “tradição” e nos “costumes” do povo brasileiro. Lula, em 1995, quando eclodiu o mensalão do PT (depois do mensalão do PSDB), reagiu (em Paris) dizendo que todos os partidos políticos fazem caixa 2; a corrupção é coisa da “nossa cultura” (José Eduardo Cardozo); “Não há no Brasil um gestor público que não tenha um processo” (Dalva Dias, PDT-SC). 

02. Nunca antes neste país se tornaram tão necessários dois esclarecimentos: (a) a corrupção não é apenas um problema individual (pessoal, ético), mas é, antes de tudo, isso; (b) a corrupção, sobretudo daqueles que dominam/governam a nação, é uma canalhice maligna de magnitude hecatômbica porque afeta também (1) o mercado e a economia (mascara a concorrência e bilhões de reais são desviados do crescimento do país), (2) a política e a democracia (tornando-a ilegítima), (3) a Justiça e o império da lei (assim como a força das instituições) assim como (4) a própria sociedade (canaliza a riqueza para os mais ricos e desmorona o chamado “capital social”, fundado na confiança necessária para o bom funcionamento societal). 

03. Das nefastas consequências da corrupção (para a economia, política, império da lei e sociedade) vamos cuidar em outro artigo. Dela, como problema, desde logo, individual (ético), vamos tratar em seguida, pedindo licença para revisitar algumas noções elementares de ética e de moralidade transmitidas pelos professores da área. Triste e degenerada é a sociedade em que um político ou administrador público afirma que o malfeito e a corrupção é coisa de “todo mundo”, é da tradição, dos costumes. Para começar: não é verdade que “todo mundo” seja corrupto. Toda época tem sua estrutura moral (Aranguren), ou seja, suas pautas de conduta, seus ideais, seus fins, seus valores. A vida, ainda que marcada por debates e embates, não pode se desconectar de algumas margens limitadoras, sob pena de se embrenhar para o mundo da corrupção, do mau-caratismo, da malandragem, da desonestidade, enfim, da falta de moral (e de ética). Em nenhum instante da nossa vida, mas sobretudo quando participamos da vida política da cidade ou do país (da “polis” ou da res pública), podemos admitir a mancha ou a mácula do mau-caratismo, do canalhismo. 

04. A corrupção é generalizada no nosso país (isso é verdade: FHC, por exemplo, admitiu numa entrevista à Folha que houve corrupção para aprovar a Emenda da Reeleição, em 1996), mas nem todo mundo é corrupto (Renato J. Ribeiro); de outro lado, ninguém é obrigado a se sujeitar a padrões nitidamente podres ou canalhas (recorde-se que um dos sentidos da palavra corrupção é descrever um fruto podre). Ao “clube” dos empreiteiros (para se citar um exemplo), que agora andam dizendo que foram “extorquidos”, faltou precisamente uma postura ética firme contra a tradição, o costume, a cultura. Por força da ética, não somos obrigados a seguir os costumes imorais (a canalhice) enraizados em algumas práticas econômico-financeiras, por exemplo, muito menos na tradição política imoral do nosso País. Existiria por acaso alguma força sobrenatural com poder para levar a maioria dos agentes econômico-financeiros, políticos e públicos (há exceções, claro) a se comportarem (quase sempre) de maneira irregular? Não. 

05. Todas as vezes que nos deparamos com uma tradição ou costume ou com uma ordem externa, devemos prestar atenção no seu conteúdo e na sua natureza. Não podemos concordar muito menos praticar a canalhice. A Ética diz respeito ao foro interno da nossa vontade (e liberdade). Somos livres (em geral) para decidir pelo bem ou pelo mal (pelo certo ou pelo errado – veja Savater). Podemos dizer “sim” ou “não” (veja Octávio Paz). O preço que pagamos por contarmos com essa liberdade é a responsabilidade. Pelos atos que praticamos devemos ser sempre responsáveis. E nesse caso nem a ordem externa nem a tradição nem os costumes nos absolve. Nós, seres humanos, somos distintos dos animais (das plantas e dos minerais) porque contamos (dentro de certas medidas) com o que se chama liberdade (ainda que condicionada, mas liberdade). O ato de corromper ou de ser corrompido (que é uma canalhice) é fruto dessa liberdade, por isso que a corrupção é, antes de tudo (mas não somente), um problema ético e moral. Se cada um de nós elevássemos o padrão ético (como os suecos fizeram em 1841, por exemplo), teríamos (com certeza) menos corrupção e menos violência no país""


E para que as pessoas não digam que não tem conhecimento das coisas, a internet está aí para ajudar, então pesquisem, investiguem seus representantes, cobrem, façam com que trabalhem para voces e não para eles próprios ou seus amigos mais próximos, é nosso direito e mais que tudo é nosso dever de cidadão.

29 de nov. de 2014

QUE PAÍS É ESTE?

Referente ao último post aqui publicado com o título "DESABAFO", recebi por email o seguinte comentário:


"Muito bom o seu texto QUE PAÍS É ESTE, mas será que não faltou falar sobre os CORRUPTORES, e qual o papel deles ?
Será que são “vitimas de extorsão”, como alguns deles querem insinuar ?
Será que não faltou você falar sobre o Decreto que pune também os CORRUPTORES, e/ou empresas Corruptas, que nunca foram atingidos/as, que agora estão sendo, e que foi regulamentado pelo PT ?
Não seria o caso de você falar também sobre esses pontos no seu texto ?
Abraço"
 
Concordo com voce amigo, esses pontos são da maior relevância.
 
E também vou acrescentar, que me ocorreu lendo seu email, que a Lei de responsabilidade fiscal pode ser jogada no lixo porque o governo que não conseguiu equilibrar as contas públicas agora precisa, desesperadamente, mudar as regras do jogo abrindo caminho para que todos os administradores públicos façam o mesmo.
 

24 de nov. de 2014

DESABAFO

Para quem acha que a corrupção começou com o governo petista está errado.

Nos últimos anos temos visto representantes do povo que mostram,  uma atividade crescente, eloquente, visceral de corrupção em vários níveis da administração pública em todo o país.

Estão expostas nos jornais, revistas, blogs, na mídia em geral, todos os dias.

Não é característica própria de uma cidade ou de um estado ou de um país.

O que realmente nos surpreende é o fato de pessoas que foram eleitas para representar a população, repetidas vezes, usam os erros de seus antecessores para justificar os seus próprios.

É no mínimo ofensivo quando um cidadão pratica atos que prejudicam a comunidade onde vive, achar que isto é desculpa para o mau que causou.

Quanta vezes mais vamos ter que ouvir isso?

Quantas vezes mais vamos ouvir falar de caixa 2 de partidos políticos?

Ou como no caso da operação lava jato, ouvir empreiteiras dizerem que sem propina não se faz obras?

Como se fosse uma regra e não um crime?

Queremos com isto mostrar que o escândalo na Petrobras, e certamente em outras empresas brasileiras que hão de aparecer, não é característica do PT, mas, de todos partidos que se dizem representantes do povo neste país, a única diferença no governo petista está exatamente no montante que foi desviado.

No vídeo a seguir podemos concluir que em  nenhum momento da história e no mundo houve um caso de corrupção envolvendo valores aqui testemunhados.



Isso sim, é uma particularidade do governo PETISTA.

Justamente o partido que tanto criticou estas práticas, mas que à medida em que penetrava na estrutura do poder fechava os olhos para o que acontecia e usava as malditas "práticas" para se manter no poder.

Enquanto distribuía migalhas para a população mais pobre, se fartava com dinheiro do cidadão que trabalha e tem seus impostos descontados em folha de pagamento ou nos impostos embutidos nos produtos que compra.

E o pior de tudo é que as pessoas de caráter, idôneas, honestas, são hoje uma exceção.  

12 de nov. de 2014

EX-PREFEITO PERDE

O ex-prefeito perdeu ação de danos morais contra a prefeitura.




Não dá para ganhar todas
Justiça existe
(recebido por email)