Nem tudo esta perdido aqui na província de
Shagri-La.
A aldeia que de turística não tem nada se não
o título, vem apresentando um crescimento notável em algumas áreas, como a da
praça da matriz, da rua de lazer, praça dos túmulos, passarela, por exemplo.
Infelizmente, não se trata de nenhum
crescimento econômico, nem educacional, muito menos de saúde pública ou de qualquer índice de desenvolvimento, como
gostaríamos, mas, crescimento do mato e da deterioração e, consequentemente, da pouca vergonha,
do descaso, da falta de respeito para com o cidadão contribuinte.
É inexplicável como uma administração
municipal que tem um quadro de servidores transbordando, escoando pela tulipa
(o prefeito que é engenheiro sabe bem o que é uma tulipa) não atribua, a quem
quer que seja, a simples tarefa de capinar áreas que são de utilidade pública,
no coração da cidade, frequentadas por jovens, pais, avos e crianças.
Será que de todos aqueles “chefes” encostados na
Seção de Obras, um cabidão de empregos que só perde para a Saúde e para o
Jurídico, nenhum tem o discernimento de mandar alguém passar uma enxada no matagal,
se é que na Seção de Obras ainda exista algum equipamento para esta finalidade.
Será que este nosso prefeito não se sente
envergonhado, constrangido de não ter absolutamente nada de interessante para
oferecer ao município, bem como aos munícipes, além do mato infestante e nomeações para cargos de confiança?
Como será que este chefe de administração
municipal se sente em um encontro de prefeitos?
Tá certo que aqui neste nosso país
cleptocrata, que elege um tiririca para deputado federal com mais de um milhão
de votos e onde logo estaremos morrendo, além de meningite e dengue, também de
chicungunha, um encontro de prefeitos nada mais é do que uma verdadeira
pândega, onde entre tantos maus administradores o nosso prima por se destacar
como o pior de todos.
Para quem sequer capina as áreas centrais da
aldeia, como aspirar pela construção de um “Parque Linear”?
Esse desejo insano nos reporta, fatalmente,
ao espelho d’água da entrada da cidade, aos postinhos de iluminação na avenida
que beira o rio, nos revestimentos das calçadas que estão perigosamente se desprendendo,
consequência de um serviço porco e caríssimo, feito por uma daquelas
construtoras trazidas de longe somente para esbulhar nossa pobre e miserável
província.
(este foi o único que encontramos)
Sabemos que por conta do utópico “Parque
Linear”, muito dinheiro já começou a ser desperdiçado.
Qualquer empresa de consultoria decente,
profissional, logicamente de fora deste pais, contratada por um prefeito como o
que temos aqui em Sangri-La, para elaboração de projetos executivos de
arquitetura, paisagismo, fundações, estrutura metálica, instalações
hidráulicas, projetos complementares e planilhas orçamentárias, enfim, toda
esta baboseira e enganação, teria, ao invés de abocanhar quase quatrocentos mil
reais, aconselhado;
- Sr. prefeito, o senhor tem certeza da
importância de construir uma quadra de “tênis” onde o pouco que se sabe sobre
isto é aquela prática de se amarrar um pé de tenis ao outro para lança-los nos fios de
energia?
-Seria desonesto, Sr. prefeito, elaborar um
projeto dessa magnitude para uma cidade onde nem o mato de pontos principais é
capinado.
Já isto nos reporta à fortuna gasta com o
projeto da “Macrodrenagem”.
Alguém saberia comentar sobre a importância
que o estudo da “Macrodrenagem” trouxe para o município?
Pois é, quando terminar mais essa túrbida e
nefasta administração municipal, os únicos vestígios que
restarão do gasto absurdo para a elaboração dos projetos executivos que nos
referimos nos parágrafos anteriores, serão o lançamento contábil dos valores
pagos e um monte de papeis e relatórios tão inúteis quanto o espelho d’água da
entrada da cidade.
Da mesma forma, é inexplicável como ainda
ostentamos o título de “Estância Turística”.
Nestes últimos trágicos quatorze anos de
administrações municipais pífias, estamos mais para “Estância do Ócio” do que
para “Estância Turística”.
Não poderíamos terminar este post sem
informar aos munícipes que em novembro de 2014, foi assinado um termo aditivo
ao contrato 055/13, firmado com o obscuro, em todos os sentidos da palavra,
“Consórcio Tres Rios”, no valor global de R$ 804.000,00 (Oitocentos mil reais),
para serviços de manutenção e limpeza de áreas urbanas e rurais do município,
porém, ao que parece, a única serventia deste “Consórcio” até o momento, tem
sido a de conseguir alguma
ocupação no enorme cabide de empregos públicos para os ocupantes da imensa e
interminável fila de postulantes indicados politicamente a um cargo de
apaniguado e que não possuem o carnê do baú da felicidade, ou seja, concurso público de 2010.