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15 de fev. de 2015

QUE REI SOIS VÓZ?


Nem tudo esta perdido aqui na província de Shagri-La.

A aldeia que de turística não tem nada se não o título, vem apresentando um crescimento notável em algumas áreas, como a da praça da matriz, da rua de lazer, praça dos túmulos, passarela, por exemplo.







Infelizmente, não se trata de nenhum crescimento econômico, nem educacional, muito menos de saúde pública ou de qualquer índice de desenvolvimento, como gostaríamos, mas, crescimento do mato e da deterioração e, consequentemente, da pouca vergonha, do descaso, da falta de respeito para com o cidadão contribuinte.

É inexplicável como uma administração municipal que tem um quadro de servidores transbordando, escoando pela tulipa (o prefeito que é engenheiro sabe bem o que é uma tulipa) não atribua, a quem quer que seja, a simples tarefa de capinar áreas que são de utilidade pública, no coração da cidade, frequentadas por jovens, pais, avos e crianças.

Será que de todos aqueles “chefes” encostados na Seção de Obras, um cabidão de empregos que só perde para a Saúde e para o Jurídico, nenhum tem o discernimento de mandar alguém passar uma enxada no matagal, se é que na Seção de Obras ainda exista algum equipamento para esta finalidade.

Será que este nosso prefeito não se sente envergonhado, constrangido de não ter absolutamente nada de interessante para oferecer ao município, bem como aos munícipes, além do mato infestante e nomeações para cargos de confiança?

Como será que este chefe de administração municipal se sente em um encontro de prefeitos?

Tá certo que aqui neste nosso país cleptocrata, que elege um tiririca para deputado federal com mais de um milhão de votos e onde logo estaremos morrendo, além de meningite e dengue, também de chicungunha, um encontro de prefeitos nada mais é do que uma verdadeira pândega, onde entre tantos maus administradores o nosso prima por se destacar como o pior de todos.

Para quem sequer capina as áreas centrais da aldeia, como aspirar pela construção de um “Parque Linear”?

Esse desejo insano nos reporta, fatalmente, ao espelho d’água da entrada da cidade, aos postinhos de iluminação na avenida que beira o rio, nos revestimentos das calçadas que estão perigosamente se desprendendo, consequência de um serviço porco e caríssimo, feito por uma daquelas construtoras trazidas de longe somente para esbulhar nossa pobre e miserável província.


 (este foi o único que encontramos)
Sabemos que por conta do utópico “Parque Linear”, muito dinheiro já começou a ser desperdiçado.

Qualquer empresa de consultoria decente, profissional, logicamente de fora deste pais, contratada por um prefeito como o que temos aqui em Sangri-La, para elaboração de projetos executivos de arquitetura, paisagismo, fundações, estrutura metálica, instalações hidráulicas, projetos complementares e planilhas orçamentárias, enfim, toda esta baboseira e enganação, teria, ao invés de abocanhar quase quatrocentos mil reais, aconselhado;

- Sr. prefeito, o senhor tem certeza da importância de construir uma quadra de “tênis” onde o pouco que se sabe sobre isto é aquela prática de se amarrar um pé de tenis ao outro para lança-los nos fios de energia?

-Seria desonesto, Sr. prefeito, elaborar um projeto dessa magnitude para uma cidade onde nem o mato de pontos principais é capinado.

Já isto nos reporta à fortuna gasta com o projeto da “Macrodrenagem”.

Alguém saberia comentar sobre a importância que o estudo da “Macrodrenagem” trouxe para o município?

Pois é, quando terminar mais essa túrbida e nefasta administração municipal, os únicos vestígios que restarão do gasto absurdo para a elaboração dos projetos executivos que nos referimos nos parágrafos anteriores, serão o lançamento contábil dos valores pagos e um monte de papeis e relatórios tão inúteis quanto o espelho d’água da entrada da cidade.


Da mesma forma, é inexplicável como ainda ostentamos o título de “Estância Turística”.

Nestes últimos trágicos quatorze anos de administrações municipais pífias, estamos mais para “Estância do Ócio” do que para “Estância Turística”.   

Não poderíamos terminar este post sem informar aos munícipes que em novembro de 2014, foi assinado um termo aditivo ao contrato 055/13, firmado com o obscuro, em todos os sentidos da palavra, “Consórcio Tres Rios”, no valor global de R$ 804.000,00 (Oitocentos mil reais), para serviços de manutenção e limpeza de áreas urbanas e rurais do município, porém, ao que parece, a única serventia deste “Consórcio” até o momento, tem sido a de  conseguir alguma ocupação no enorme cabide de empregos públicos para os ocupantes da imensa e interminável fila de postulantes indicados politicamente a um cargo de apaniguado e que não possuem o carnê do baú da felicidade, ou seja, concurso público de 2010.