Conduzida por um
prefeito kamikaze, de ideias vazias e tão desgovernado quanto um veículo que,
do nada, choca-se contra a traseira de um caminhão parado no canto da rua, uma
câmara municipal nitidamente descaracterizada de suas funções fundamentais e
que hoje nos confunde como sendo um departamento qualquer da prefeitura e uma
administração obscura da santa casa de misericórdia, nossa pobre cidade segue desnorteada,
de mal para pior.
Novamente, a
bola da vez é a controversa Santa Casa de Misericórdia Frederico Ozanan.
A seguir, nosso
requerimento endereçado à santa casa e respectiva resposta.
A consequência
de se tentar explicar o inexplicável, inevitavelmente se revela, sempre, ou uma
palhaçada ou um atentado contra a inteligência humana, como no caso desses
políticos envolvidos no escândalo da Petrobras aparecendo na televisão
indignados com o fato de estarem sendo investigados.
A resposta da
santa casa ao nosso requerimento não foge à regra.
Provavelmente,
quem emitiu a resposta devia estar se sentindo representando o saudoso
CHACRINHA, em um show na praça.
Absurdamente
incoerente com o que foi exposto no requerimento, a direção da entidade
somente confirmou que, no nosso entendimento, cobrar qualquer serviço, seja a
que título for, é uma velada extorsão infligida ao cidadão.
Sobre a
qualidade de instituição filantrópica da santa casa, não vamos nem entrar no
mérito da questão, pois, com certeza, já deve tê-la perdido há muito tempo.
O fato é que a
santa casa não poderia, em hipótese alguma, ter cobrado um centavo sequer, de
quem quer que seja, já que é provida com recursos públicos provenientes do SUS
e de repasses feitos pela prefeitura municipal.
Pior ainda é que
esta entidade notadamente obsoleta e perdida em suas sucessivas administrações
dilapidadoras, desastrosas e inconsequentes, hoje está sob intervenção da
prefeitura.
O resultado
desta intervenção?
É o que estamos
presenciando neste momento, a instituição com muitas das suas atividades interditadas,
sem dinheiro, agora cobrando indevidamente por serviços prestados, gastando
quase a totalidade dos recursos financeiros recebidos para pagamento de
salários e cumprindo sua obrigação legal de proporcionar saúde à população com
a XEPA.
A santa casa não
dedica serviços de saúde à população por caridade, mas
por obrigação, pois, recebe dinheiro público para essa finalidade.
O senhor diretor
precisa ler muito sobre instituições filantrópicas, conhecer a legislação que
regulamenta esta atividade, aliás, como diretor de uma instituição filantrópica
nem deveria estar recebendo salario e como simples voluntário, com certeza não
teria o mesmo empenho em camuflar tudo o que ocorre de errado nos bastidores
dessa casa.
Esta resposta
idiota e desconexa já era esperada, o que surpreendeu mesmo foi o fato da
confirmação de que os recibos relativos a uma cobrança ilegal são devidamente
contabilizados, embora não tenha explicado de que forma e que todas as contas
são prestadas com a Secretaria Municipal de Saúde e, indignem-se, com o
Conselho Municipal de Saúde que, então, aparentemente, tinham conhecimento dessa
trama urdida contra a população.
De todo o
exposto, lamentavelmente concluímos que a santa casa de misericórdia esta pior
do que era na administração anterior e que os únicos resultados da intervenção
da prefeitura foram a manutenção do pagamento das parcelas relativas aqueles
empréstimos obscuros de mais de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais) e que
ninguém consegue explicar como, porque e onde foi parar a fortuna, além da
colocação sistemática de indicados políticos no inflado quadro de funcionários,
sem que sejam submetidos aos processos seletivos determinados por lei, ou seja,
concurso público.
Enquanto isso a
santa casa segue em sua triste e penosa tarefa de pedir esmolas pelas ruas,
conseguir prendas para bingos, tudo, é claro, no sentido de continuar com sua
missão altruísta, ameaçando, vez ou outra, fechar definitivamente suas portas, o
que nunca irá acontecer, pois, como entidade filantrópica que ao menos um dia
foi, tendo sido custeada com dinheiro público, fechar as portas e deixar de
cumprir o papel do estado acarretará em perda de seu patrimônio para este, o Estado e os
vicentinos não se sentiriam nada confortáveis com esta situação.
Não poderíamos
finalizar este post sem comentar que, no dia em que nos apresentamos na
administração da santa casa para protocolar um requerimento sobre escala de
médicos, uma simples funcionária tentou obstar um direito garantido por lei de
acesso a informações públicas, deixando de imprimir um documento por ordem do
diretor, providência que só cumpriu após ter consultado, por meio de telefone
celular, alguém de fora da instituição, sugerindo que diretor é somente
figurativo e quem manda mesmo é um sujeito oculto, outro lobo vestido em pele de cordeiro, o qual, provavelmente, saberia explicar o paradeiro da fortuna que acima nos referimos.