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8 de fev. de 2015

A UTOPIA DO PARQUE LINEAR

Quem fizer uma consulta no Portal do Cidadão, no site do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, relativamente aos pagamentos efetuados pela Prefeitura Municipal, no ano de 2014, com certeza irá, não somente se indignar, como também trazer à memória a triste lembrança do escândalo da MACRODRENAGEM.

Nosso Prefeito de idéias vazias, envolvido em múltiplos processos judiciais e que nestes dois anos de governo não fez absolutamente nada de interessante e efetivo, senão exonerar e nomear, sem nenhum critério, assim como inflar o quadro de funcionários da prefeitura que, ao contrário dos reservatórios de água do Estado, já estava muito acima de sua capacidade, constituída em grande parte de volume morto, pagou para a empresa Inplenitus Gerenciamento  e Fiscalização de Obras Ltda, o valor de R$ 288.914,60, restando ainda um saldo de R$ 72.228,64, pela elaboração de projetos executivos de arquitetura, paisagismo, fundações, estrutura metálica, instalações hidraulicas, projetos complementares e planilhas orçamentárias.

Isto mesmo, uma quantia absurda para um município com imensas necessidades, provavelmente para justificar mais alguma obra tão importante quanto aquele elefante branco próximo ao Parque das Nascentes, legado da funesta administração 2009/2012 e sobre a qual ninguém se atreve emitir um comentário sequer e muito menos de confirmar se ela foi erguida dentro do nosso município ou no município vizinho.

Dinheiro Público não é nenhuma dádiva, é o dinheiro que sai dos nossos bolsos para pagar os extorsivos impostos neste país onde a carga tributária é uma das maiores e mais pesadas do mundo, quase sem nenhuma contra prestação de serviços essenciais para a população.

Sistema de saúde precário, educação péssima, uma das piores do mundo, previdência falida, segurança inexistente, projetos sociais fraudulentos, corrupção desenfreada, atire a primeira pedra quem souber de um dado que se possa considerar positivo.

O temor é que o estudo acima mencionado seja para construção de uma quadra de tênis na beira do rio, o que nos remete ao episódio  de uma outra quadra cuja cobertura foi objeto de processo.

Nem uma quadra de esportes nós conseguimos concluir com decência.

Para o município onde não se tem a mínima noção do que fazer com os recursos federais, melhor seria que este dinheiro nem aqui chegasse, para que fosse utilizado por cidades com prefeitos inteligentes, que não enganaram seus eleitores e implementaram projetos arrojados, reconhecidos e premiados internacionalmente e muitos patrocinados por governos estrangeiros, dos quais deveríamos tirar o exemplo.

Infelizmente, aqui na nossa pobre cidade, os sucessivos governantes vem tomando como exemplo as péssimas administrações anteriores, motivo pelo qual ao final de cada gestão o município se revela ainda mais combalido, mais debilitado.

É lógico que juntamente com a devassa no programa do bolsa família do município, iremos esmiuçar as entranhas do processo administrativo 3870/2013, que deu origem ao contrato 14/14 e, consequentemente, ao pagamento deste valor exorbitante.